domingo, 1 de novembro de 2015

Campo Harmônico - [ARTES MUSICAIS]

Campo harmônico

Campo harmônico é um conjunto de acordes formados a partir de uma determinada escala. Tome como exemplo a escala de dó maior: C, D, E, F, G, A, B.

Como formar um campo harmônico

Para cada nota dessa escala, iremos montar um acorde. Vamos ter, portanto, sete acordes, que serão os acordes do campo harmônico de dó maior.
Como faremos isso?
Para cada nota da escala, o acorde respectivo será formado utilizando o primeiro, o terceiro e o quinto graus (contados a partir dessa nota, em cima dessa mesma escala). Vamos começar com a nota C. O primeiro grau é o próprio C. O terceiro grau, contando a partir de C, é E. O quinto grau, contando a partir de C, é G.

Acordes do campo harmônico de dó maior

O primeiro acorde do campo harmônico de dó maior é formado então pelas notas C, E, G (repare que esse é o acorde de dó maior, pois E é a terça maior de Dó).
Agora vamos montar o acorde da próxima nota da escala, que é D. O primeiro grau é o próprio D. O terceiro grau, contando a partir de D, nessa escala, é F. O quinto grau, contando a partir de D, é A. Portanto, o segundo acorde do nosso campo harmônico é formado pelas notas D, F e A (repare que esse é o acorde de Ré menor, pois a nota F é a terça menor de D).
Você deve estar percebendo até aqui que estamos montando os acordes do campo harmônico pensando nas tríades e utilizando somente as notas que aparecem na escala em questão (escala de dó maior). Depois de montar a tríade, observamos se a terça de cada acorde ficou maior ou menor. Você pode também conferir a quinta de cada acorde, mas vai notar que ela sempre vai acabar sendo a quinta justa, exceto no último acorde, que vai ter a quinta bemol. É um bom exercício você tentar montar os acordes restantes desse campo harmônico. Confira depois com a tabela abaixo:
campo harmonico
Muito bem, você acabou de aprender como se forma um campo harmônico. Mas para que isso serve afinal? Bom, um campo harmônico serve para muitas coisas, e nesse momento vamos nos focar no ponto mais básico: ele serve para definir a tonalidade de uma música. Provavelmente você já deve ter ouvido a pergunta: “Em que tom está essa música?”. Pois bem, a tonalidade de uma música depende dos acordes presentes nessa música. Se uma música contém os acordes do campo harmônico maior de dó, significa que a música está em dó maior. Com isso, sabemos que a escala a ser utilizada para fazer um solo, improvisar, ou criar riffs em cima da música é a escala de dó maior.
Portanto, conhecer os campos harmônicos tem uma grande utilidade: esse conhecimento permite que saibamos as notas que podemos usar para fazer arranjos em cima de uma determinada música. Conhecendo bem os desenhos das escalas, nada impede que possamos criar solos e riffs automaticamente (habilidade conhecida como improviso).
Espero que isso tenha motivado você a continuar nosso estudo de campo harmônico, tendo visto a importância e utilidade desse conhecimento.

Campo harmônico com tétrades

Já construímos um campo harmônico utilizando tríades, e agora vamos estender esse conceito para as tétrades. A regra utilizada para montar os acordes, apenas recapitulando, foi pegar o primeiro, o terceiro e o quinto graus da escala em questão. Faremos a mesma coisa, porém incluindo o sétimo grau, o que caracteriza uma tétrade. Teremos assim um campo harmônico igual ao anterior, porém formado por tétrades em vez de tríades.
Analisando a mesma escala de dó maior, começando pela nota dó, temos que o sétimo grau da escala, contando a partir de Dó, é Si. Os demais graus (terceiro e quinto) nós já vimos quais são. Portanto, o primeiro acorde desse campo harmônico será formado pelas notas C, E, G e B. Esse é o acorde de C7M, pois B é a sétima maior de Dó.
Aplicando a mesma regra para a próxima nota (D), veremos que o sétimo grau é C. Assim, o acorde será formado pelas notas D, F, A, C. Esse é o acorde de Dm7. Note que aqui temos a sétima menor de Ré, por isso o símbolo “7”, em vez de “7M” (que caracterizaria a sétima maior).
Montando a tabela completa, ficamos com:
campo harmonico maior
Talvez você esteja se perguntando qual é a diferença, do ponto de vista prático, desses dois campos harmônicos que montamos. Pois bem, a única diferença é que esse último contém uma nota a mais em cada acorde, deixando-os mais “cheios”. Do ponto de vista de improvisação, no que se refere a descobrir qual a tonalidade da música, nada se altera. Veremos alguns exemplos desse assunto (descobrir a tonalidade da música) em breve. Antes, lembre que nós utilizamos como exemplo a escala maior de dó. Em vez de especificar agora a tonalidade (dó), vamos deixar um pouco mais genérico: “campo harmônico de uma escala maior”, pois se aplicarmos essa regra na escala maior de sol, na escala maior de lá, ou na escala maior de qualquer outra nota, sempre teremos uma coisa em comum. O campo harmônico maior de qualquer nota da escala vai seguir essa formação (onde os números romanos indicam os graus):
I7M     IIm7    IIIm7     IV7M     V7     VIm7     VIIm(b5)
Você pode verificar isso montando o campo harmônico das demais tonalidades (além de Dó, que já fizemos).
Tome como exemplo a escala maior de Mi e o seu campo harmônico associado:
tonalidade
Note como o primeiro grau ficou maior com sétima, o segundo grau ficou menor com sétima, etc. Seguindo a formação que havia sido apresentada antes:
I7M     IIm7     IIIm7     IV7M     V7     VIm7     VIIm(b5)
Isso facilita muito a nossa vida, pois significa que memorizando apenas essa sequência acima você já sabe o campo harmônico maior de qualquer nota. Basta colocar as notas respectivas da escala maior em questão no lugar dos graus.
Por exemplo: Qual o campo harmônico maior de Ré?
D7M     Em7     F#m7     G7M     A7     Bm7     C#m(b5)
Obs: A escala maior de ré é: D, E, F#, G, A, B, C#.
Como exercício, tente montar o campo harmônico maior de todas as notas. Confira depois com a tabela abaixo:
campo harmonico completo
Obs: para formar os campos harmônicos utilizando apenas 3 notas (tríade), basta retirar a sétima de todos os acordes dessa tabela. Deixaremos aqui a sétima apenas no último acorde, pois os acordes com quinta bemol raramente aparecem sem a sétima na prática:
campo harmonico formado por triades

domingo, 15 de março de 2015

[ARTES VISUAIS] - Vanguardas Europeias - Parte 1

No início do século XX, as nações europeias compartilharam de vários problemas. Dentre estes podemos citar: a partilha da Ásia e África, enquanto Inglaterra e França se sobressaíram em virtude da conquista de grande parte do território e seus inúmeros recursos. Diante de tal fato, Alemanha e Itália tiveram que se contentar com pequenas porções e de baixo valor. Consequentemente, todo esse descontentamento desaguou tão somente em verdadeiras disputas pelo poderio econômico, que fizeram os países investirem em armamentos bélicos no caso de confrontos e, de maneira inevitável, eclodiu-se a Primeira Guerra Mundial. 

Paralelamente ligado a estes fatos, estava o grande avanço tecnológico pelo qual perpassava a burguesia industrial em decorrência das grandes inovações (luz elétrica, o automóvel, o avião, o avanço científico, dentre outros). Diante deste processo revolucionário, a Europa daquela época dominava o restante do mundo, porém, já ecoavam rumores de que a desigualdade social viria a fazer parte deste processo: de um lado, as grandes elites, do outro, a massa dos excluídos – trabalhadores insatisfeitos em decorrência das péssimas condições de trabalho a que eram submetidos. Mediante esse clima de insatisfação irrompiam-se também as greves. 

Diante de tais acontecimentos, surgiram movimentos artísticos e políticos que representaram um sentimento de oposição aos ditames impostos pela sociedade vigente. Estando à frente de seu tempo, os movimentos representados pelas vanguardas revelaram seus interesses ideológicos por meio de uma verdadeira radicalização no campo da cultura e das artes como um todo. Manifestações artísticas estas, que se materializaram pelo Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Expressionismo e Surrealismo que, posteriormente, deram origem ao Modernismo brasileiro. 



 Cubismo surgiu em 1907, quando o pintor espanhol Pablo Picasso (1881 -1973) expôs sua criação (representada na imagem acima) em Paris. Após este momento, outros representantes também se destacaram. Entre os quais destacamos: Fernand Léger, André de Lothe, Juan Gris e Georges Braque; e na literatura, Apollinaire e Cendras.

As manifestações que revelam a arte cubista são baseadas na:


  • decomposição da realidade em fragmentos que se entrecortam entre si.

 Tal pressuposto rompeu com os preceitos ideológicos instituídos pelo Realismo, no intento de mostrar que existem outras maneiras de perceber e interpretar o real. 

Na literatura, sua manifestação se dá por meio da realidade aparente em oposição à:


  • realidade pensada, interpretada. 

O discurso apresenta-se como desprovido de uma sequência lógica, pautado por uma desordem proposital na apresentação de seus elementos e por uma enumeração aleatória de fragmentação da realidade, na qual passado e futuro parecem se fundir. Outra característica marcante se atém à desvalorização da estrofe e, consequentemente, da pontuação, métrica e rima. 

FuturismoSeus primeiros indícios se revelam por meio do Manifesto Futurista, sob a autoria do italiano Tommaso Marinetti, publicado no jornal parisiense Le Figaro, em 22 de fevereiro de 1909. O Futurismo propunha a
  • demolição radical do passado, do academicismo condicionado às artes em geral
  • exaltava o progresso e a revolução causada pela implantação da tecnologia, valorizando a velocidade e a energia. 


Na literatura, Marinneti preconizava a capacidade imaginativa, desprovida do apego ao tradicionalismo, principalmente no que se refere à sintaxe.


Estas manifestações se destacaram por sua radicalidade, a qual proporcionou que influenciassem a arte em todo o mundo.
No Brasil não poderia ser diferente, uma vez que este era o exato momento da história em que as manifestações artísticas estavam crescendo em nosso país, e que a maioria dos artistas se espelhavam nas tendências europeias, fosse para imitar-lhes, fosse para combater-lhes.
As vanguardas europeias passaram pela Literatura Brasileira deixando sua contribuição, especialmente ao somarem com a Semana de Arte Moderna e o movimento modernista, pois juntos vieram romper com a antiga estética que até então reinava em nosso país.


    

   

[FÍSICA] ELETROSTÁTICA - ELETRIZAÇÃO


Princípios da Eletrostática: conceitos:
  1. Carga elétrica é conservada.
  2. 2 tipos de cargas :
    2.1 = prótons: carga positiva (no núcleo atômico)
    2.2 = elétrons: (na eletrosfera)
  3. Cargas de mesmo tipo se repelem, e de diferentes tipos se atraem.
  4. Podemos eletrizar um corpo:
  • Por contato
  • Por indução: polarização das cargas (eletricidade estática)

Lei de Coulomb 
  1. Força entre cargas pontuais - Força proporcional às cargas; e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas.
  2. "ponto com carga"
  3. tamanho desprezível

Exemplo:
Q1 = 2.10^-9
Q2 = 2.10^-9
d = 3.10^-3





# Diretamente proporcional e inversamente proporcional:
               AαB                                   Aα1/B            
          bx2 -- ax2                              bx2 -- a/2
                                                       b/3 -- ax3                     

α |Q1|    e    F α |Q2|                                                          
α 1/d²                                                                          
logo, se: dx2 -- F/4
               dx3 -- F/9 
               d/5 -- Fx25






sábado, 14 de março de 2015

[GRAMÁTICA] Ponto e Vírgula

Usado para: 

  1. Marcar uma pausa maior que a vírgula, e menor que o ponto.
  2. Separar orações em que se omite o verbo da segunda:
    ex1.: Eu leio Machado; ele, Castro Alves.
    ex2.: João vai ao centro; Maria, ao shopping. 
  3. Separar itens de uma enumeração:
    ex.: Nos dois ultimos meses eu já estudei:
          Fonologia;
          Morfologia;
          Sintaxe;
          Semântica.
    Observação:
    Em uma redação por exemplo, não se deve enumerar, logo:
    ex.: Nos dois últimos meses, eu já estudei Fonologia, Morfologia, Sintaxe e Semântica.
  4. Separar orações coordenadas que já tenham vírgula no seu interior.
    ex.: Eu estudo, eu trabalho; eu me canso, mas não desisto; Eu sei, eu vou vencer
  5. Separar orações coordenadas cuja conjunção está implícita:
    ex1.: Correu muito; ficou cansado (portanto) - adversativa
    ex2.: Eu estudei; não passei (porém) - conclusiva 
  6. Separar orações coordenadas adversativas e conclusivas quando o conectivo estiver deslocado
    ex1.: Passei no concurso; não vou, porém, trabalhar.
    ex2.: Passei no concurso; estou, portanto, muito feliz. 
  7. Separar pensamentos independentes:
    ex1.: Pedro vai ao cinema; Joana faz compras.
    ex2.: Eu toco violão; ela vende docinhos.
  8. Separar pensamentos opostos:
    ex1.: Eu gosto de sol; Maria não.
    ex2.: Eu torço para o Botafogo; João torce para o Flamengo. 

domingo, 8 de março de 2015

[QUÍMICA] QUÍMICA ORGÂNICA - FUNÇÕES ORGÂNICAS - PARTE II (ÉSTERES & ÉTERES)


    7.  ÉsteresOs ésteres podem se apresentar como líquidos ou sólidos, dependendo da quantidade de carbonos e das condições ambientes.
Nomenclatura: Prefixo + Infixo + Ato     de     Prefixo + ila

Ésteres de baixa massa molecular são líquidos incolores e, à medida que se aumenta a massa molecular, eles vão se tornando mais viscosos e gordurosos até tomarem a forma sólida (aspecto de cera).


  • Os ésteres são compostos insolúveis em água
  • são solúveis em álcool, éter e clorofórmio. 


 Os ésteres são muito utilizados na Indústria alimentícia como aromatizantes artificiais, eles imitam o cheiro e gosto de frutas, os principais são:

  • Metanoato de etila (aroma artificial de groselha)
  • Antranilato de metila (sabor artificial de uva)
  • Etanoato de butila (essência que dá o sabor de maçã verde)
  • Acetato de pentila (aroma artificial de banana)
  • Butanoato de etila (aroma de abacaxi)
  • Acetato de propila (sabor artificial de pera)
            
              Metanoato de Metila                                               Benzoato de Butila



   8.  Éteres - Função que contém o grupo: R - O - R'
        Nomenclatura: Éter Prefixo + Ílico   e   Prefixo + Ílico

  1. Usado durante anos como anestésico;
  2. Componente do lança-perfume: depressor do SNC 
  3. Solvente de desinfecção hospitalar
  4. Inflamável
Exemplos:

        Éter etílico e metílico  
   
              Éter dimetílico

quinta-feira, 5 de março de 2015

[QUÍMICA] Tabela para nomenclatura de funções orgânicas


[QUÍMICA] QUÍMICA ORGÂNICA - FUNÇÕES ORGÂNICAS

Os compostos orgânicos apresentam-se distribuídos em cadeias e/ou átomos de carbono ligados diretamente a hidrogênio. O metano (CH4) é um composto orgânico, O ácido carbônico (H2CO3) não.

Funções Orgânicas

  1. Alcoóis - Função que contém o grupo OH - hidroxila; ligado a átomo de Carbono Saturado (carbonos que fazem ligações simples).
    Sufixo: OL (ex.: EtanOL)

    Classificação:
    a) Quanto a átomos de Carbono:

    b) Quanto a quantidade de
    OH:




    Exemplos:


  2. . Fenóis - Função que contém um anel benzênico ligado a - OH; 

 Caráter: Ácido - reagem com base. 
  • Fenol
  • Hidroxibenzeno
  • Benzenol
  • Ácido Fênico
Nomenclatura:

ortocresol = 2-metilfenol ou orto-metilfenol
metacresol = 3-metilfenol ou meta-metilfenol
paracresol = 4-metilfenol ou para-metilfenol

      3. Aldeídos - Função que contém aldoxila (C=O ligada a H) na extremidade da cadeia.
          Sufixo: AL (ex.: hexanAL)
           Aldoxila    
     
                (Metanal)
  • Formaldeído
  • Formol
  • Aldeído Fórmico.     
  • => Gás Incolor
  • => Desnaturante protéico
  • => Proibido como analisante

       4. Cetonas - Função que contém carbonila (C=O)
           Sufixo: ONA (ex.: propanONA)
  • Possui afinidade tanto com compostos polares quanto apolares.
  • Solvente de tintas, vernizes e esmaltes
  • Fabrico de entorpecentes - cocaína

        5. Ácidos Carboxílicos - Função que contém carboxila (C=O ligada a OH)
            Sufixo: ÓICO (ex.: ácido metanÓICO)
             
            Ácido metanóico

Nomenclatura: ÁCIDO + Infixo + ÓICO

Obtenção de sais de ácido carboxílico:

[QUÍMICA] A QUÍMICA ORGÂNICA - Introdução

A Química Orgânica


  • 1807 - Teoria da Força Vital - 


No final do século XVIII e início do século XIX, os químicos passaram a se dedicar ao estudo das substâncias presentes em organismos vivos, tentando isolá-las e identificá-las. Assim, foi possível notar que essas substâncias apresentavam propriedades muito diferentes das obtidas a partir de minerais e, logo, elas deveriam constituir um grupo especial na área da Química: A Química Orgânica.

No ano de 1807, o químico sueco Jons Jakob Berzelius lançou a teoria da força vital, também conhecida como Vitalismo, que defendia a ideia de que apenas os seres vivos são capazes de produzir compostos orgânicos, ou seja, as substâncias não poderiam, de nenhuma maneira, ser produzidas artificialmente. Segundo Berzelius, os compostos orgânicos eram produzidos a partir de uma “força vital” característica dos organismos vivos, o que impossibilitava a síntese dos mesmos.

A teoria foi logo aceita pelos químicos da época, já que nenhum composto orgânico havia sido obtido artificialmente até então. Sendo assim, a ideia de Berzelius perdurou por alguns anos, sem sofrer questionamentos, o que fez o "desenvolvimento" da química ser 'interrompido'.

  • 1828 - A Síntese da Ureia - ou - Síntese de Wöhler
Mas essa história ganhou uma nova configuração no ano de 1828, quando o químico alemão Friedrich Wöhler, discípulo de Berzelius, conseguiu sintetizar em laboratório ureia, um composto orgânico, a partir do aquecimento do cianato de amônio, um composto inorgânico, veja:




Nos anos pós síntese de Wöhler, muitos outros compostos orgânicos foram produzidos, como, p, o metanol, o acetileno, o ácido acético, entre outros. A partir daí então a teoria da força vital cai, o que dá sequencia ao desenvolvimento da química, e a síntese de diversos compostos orgânicos cresceu absurdamente, o que levou a Química Orgânica a se tornar o campo mais estudado da Química.

Uma vez abandonada a ideia de que os compostos orgânicos derivam somente dos organismos vivos, a Química Orgânica passou a ser definida como o ramo da Química que estuda os compostos de carbono, conceito proposto pelo químico alemão Friedrich August Kekulé, em 1861.


Vamos aos postulados de Kekulé:


  1. O carbono é tetravalente:
     1s² 2s² 2p² ---- 4e (camada de valência)
  2. As quatro valências do carbono são iguais:
  3. O Carbono combina-se com outros átomos de carbono a fim de formar cadeias:
           
  4. O Carbono forma ligações múltiplas e covalentes:



fonte: Professora Carla Medeiros


domingo, 1 de março de 2015

[HISTÓRIA] Revolução Russa

A Revolução Russa de 1917


A Família Dinástica Romanov

Causas:



  • Atraso político e econômico em relação a Europa Ocidental;
  • Guerra da Criméia (1854 - 1855)
  • Abolição da Servidão
  • Industrialização por meio de polos
  • Espansionismo e Pan-eslavismo
  • Guerra contra o Japão (1904 - 1905)
  • Revolução de 1905
O esquema político do mundo estava em torno de uma República Democrática, e o esquema político da Russia uma Monarquia Absolutista, isso agravava um atraso político e econômico em relação a toda Europa. 

Com a derrota da Russia para o Japão ocorre o aumento da inflação, do desemprego, e das manifestações contra o Czar, que são severamente reprimidas.

Em uma dessas manifestações, manifestantes pacíficos marcharam até o Palácio de Inverno na cidade de São Petesburgo para apresentar uma petição ao Czar Nicolau II, e acabaram sendo baleados pela guarda imperial. Este episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento.

As fases da revolução:



  1. 1ª Fase: Revolução de Fevereiro de 1917; liderada pela burguesia - Mencheviques - comandada por Kerenski. Derrubada do Czar Nicolau II e estabelecimento de uma República Liberal.
  2. 2ª Fase: Revolução de Outubro de 1917; liderada por Lênin - Bolcheviques. Derrubada do governo provisório apoiado pelos partidos socialistas moderados, impondo o governo socialista soviético. Foi uma fase Radical que início à uma Guerra civil.
Teses de Abril: " Paz, terra e pão: todo poder aos Sovietes". Outubro de 1917.

Lênin defendia a implantação do socialismo, dos bens partilhados, através de um processo revolucionário.
Trótski defendia uma revolução permanente, que se daria através de um processo natural.
Stálin defendia o "socialismo num só país", regime totalitário de esquerda. Este que assume o poder após a morte de Vladimir Lênin. 


O que foi a NEP?

Foi a política econômica seguida na União Soviética. passou pela re-entrega das pequenas explorações agrícolas, industriais e comerciais à iniciativa privada, tentando assim desesperadamente fazer a nascente União Soviética sair da grave crise em que se achava mergulhada. A Nova Política Econômica (NEP) recuperou alguns traços de capitalismo para incentivar a nascente economia soviética. Desta forma, o PC russo e o governo dos sovietes pretendiam reconstruir a economia russa devastada pela invasão estrangeira e pela resistência das classes proprietárias a perda de seus incomensuráveis privilégios. A NEP, segundo Lenin, consistia num recuo tático, caracterizado pelo restabelecimento da livre iniciativa e da pequena propriedade privada, admitindo o apoio de financiamentos estrangeiros. Lenin teria dito: "Um passo atrás para dar dois à frente".


Fonte: Professor Jota, História Global Brasil e Geral.